Depois de descrever o fantástico percurso da Ribeira do Mosteiro, o passeio pela vila Freixo de Espada a Cinta, falta-me ainda falar da visita ao Penedo Durão e à Congida, para concluir um dia em cheio À Descoberta.
Já passava das cinco da tarde quando partimos em direcção ao Penedo Durão. Eu recordo bem a vista magnífica que daí se tem! Creio que a última vez que ali estive foi num passeio escolar, com algumas dezenas de alunos.
Lá no alto, a 700 metros de altitude, mesmo com um sol abrasador, estava-se relativamente bem, porque havia algum ar em movimento. Não havia ninguém a admirar a paisagem, mas nós fizemos questão de aí permanecer por bastante tempo.
O local está bem cuidado, com muitas mesas e bancos a convidarem a um bom lanche, com a erva cortada recentemente e até existem alguns divertimentos para as crianças, num mini-parque infantil. Fui surpreendido pela existência de uma enorme imagem de Nossa senhora, segurando o Menino, é Nossa Senhora do Douro, que ali foi colocada em 2002.
É interessante, visto do Penedo Durão, tudo parece pequeno! Até o rio, aprisionado na barragem, parece uma estreita fita azul que se esconde por entre as arribas por Mazouco, Lagoaça, Bemposta, Picote, e, finalmente, Miranda do Douro, que tão bem conheço. Quase me imagino do São João das Arribas, em Aldeia Nova, a olhar o rio, que calmamente desliza em direcção ao poente.
Um outro motivo de interesse do miradouro do Penedo Durão é a possibilidade de se observarem aves, difíceis de encontrar noutros locais e que estiveram na base da criação do Parque Natural do Douro Internacional. Duas delas são o grifo ou abutre (Gyps fulvus) e o abutre-do-Egipto (Neophron percnopterus) espécie migradora, que serve de símbolo do PNDI. Com alguma dificuldade consegui ver alguns exemplares destas duas espécies, pausados nos rochedos, a grande distância de nós. A maior parte dos abutres voava muito alto, em voo planado, tão longe que mais pareciam andorinhas. Seguramente que não era o dia certo para fotografar os abutres. Há muita gente que visita estas paragens exclusivamente para fotografar estas aves.
Com muita pena de não conseguirmos avistar os abutres de perto, partimos para a Congida. Junto ao rio a temperatura era mais agradável. Gozámos uns momentos de tranquilidade bebendo alguma coisa no bar e comendo um gelado. A maior parte dos frequentadores da piscina já a deviam ter abandonado, mas restava um pequeno grupo que queria aproveitar a tarde até ao fim. Havia bastantes pessoas no local! Uns passeando, andando de barco, outros, respirava-se a humidade do rio e a frescura das folhas das árvores, que tornam este lugar o paraíso de Freixo.
Foi com pena que deixámos o local. Subimos a Freixo, que atravessámos, saindo pela estrada N221 em direcção à Estação de Freixo. Satisfeitos com o passeio, apenas nos lamentámos do que gostaríamos de ter visto e não foi possível: a igreja matriz, a igreja da Misericórdia, a Torre do Galo, a capelinha de Nossa Senhora dos Montes Ermos, o “cavalo” de Mazouco,… tantas e tantas razões para voltarmos a Freixo, numa próxima oportunidade. Até lá, restam-nos um bom conjunto de fotografias para recordar e mostrar. O lema publicitário do município de Freixo faz todo o sentido, “apaixone-se”.
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