Continuação da visita à Ribeira do Mosteiro
O almoço foi num restaurante na Avenida Guerra Junqueiro. Pedi um bacalhau e vinho branco, de Freixo e os rapazes quiseram lombinhos. Ainda não foi desta que gostei de uma refeição em Freixo. Por mais que me custe, tenho de admitir que já são alguns desaires. Não me considero exigente, antes pelo contrário, mas dou mais importância ao sabor do que ao número de copos sobre a mesa. Aproveitou-se o vinho, que me soube muito bem.
Dirigimo-nos para junto da igreja Matriz, onde iria começar o nosso passeio pela vila. A igreja estava fechada, a eucaristia tinha sido de manhã, ninguém a foi abrir, durante toda a tarde! Foi pena, é bela, monumento nacional e nunca a visitei. A Torre do Galo também estava fechada! Bem, eu não perdi tempo para me embrenhar pelas ruas mostrando aos meus filhos as janelas e outros elementos de estilo manuelino de que lhes fui falando pelo caminho, também como forma de justificar a importância de Freixo como a Vila Mais Manuelina de Portugal. Todos se interessaram na procura da janela “mais bonita”. Seguimos pela Rua das Eiras, demos uma atenção especial à Igreja da Misericórdia, também fechada e saltámos de rua em rua, com especial destaque para a Rua do Vale, Rua da Cadeia, Rua da Fonte Seca e Rua do Depósito.
De volta ao Largo da Igreja encontrámos um grupo de algumas dezenas de pessoas da Matela, freguesia do concelho de Vimioso, com algumas pessoas conhecidas. Tivemos direito a uma música especial, tocada no bombo e na gaita-de-foles. Como a igreja continuava fechada, seguimos para a Avenida Guerra Junqueiro, mesmo em frente à Câmara Municipal onde admirámos a lindíssimo pelourinho manuelino.
O posto de turismo é ali próximo. Fizemos-lhe uma visita e fomos recebidos com toda a amabilidade. Recebemos gratuitamente um conjunto de folhetos promocionais, do turismo no concelho e a agenda cultural para o Verão. Aproveitei para comprar quatro livros relacionados com Freixo, ou de autores freixenistas, que me vão dar uma boa ajuda nesta tarefa de Descoberta de Freixo de Espada à Cinta. Aproveitámos para beber água, estava fresca e era grátis!
Voltámos à parte mais antiga da vila para visitarmos a Casa Junqueiro e o Museu da Seda. Na Casa Junqueiro sentimo-nos em casa. Muitos dos artefactos expostos ainda fizeram parte de algumas das nossas vivências e somos profundos apreciadores da etnografia. Para os mais novos foi uma viagem a um passado completamente desconhecido, onde não havia ecrãs.
Na Sede da Associação do Artesanato, visitámos algumas salas sobre a seda. Não pudemos ver os bichos-da-seda mas saiu-nos um casulo na rifa, para recordação. Os trabalhos expostos são magníficos, mostrando todo o vigor que a seda tem nesta Associação. Também na produção da seda, Freixo, ocupa um lugar de destaque no panorama nacional.
Terminado o “circuito cultural”, foi com dificuldade que conseguimos retirar o nosso carro do Largo da Igreja. As ruas estavam cortadas ao trânsito e o largo parecia um inferno de cabos e câmaras. Já se ensaiava para o programa do dia seguinte, Verão Total.
Nós partimos para locais mais tranquilos, continuando À Descoberta de Freixo.
Continua...
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