segunda-feira, 7 de abril de 2014

XIV Feira Transfronteiriça Arribas do Douro e Águeda

 No dia 8 de março estive em Freixo de Espada à Cinta para participar no 1.º Passeio Pedestre Amendoeiras em Flor. No programa das Amendoeiras em Flor havia muitas outras iniciativas, das quais uma com bastante destaque: a XIV Feira Transfronteiriça Arribas do Douro e Águeda.
A caminhada ribeira do Mosteiro a Freixo foi longa e bastante cansativa, por isso não havia muita vontade para visitar a feira. Foi no dia de abertura e havia muitas individualidades, animação e muita gente. Não resisti a entrar, mesmo não estando com ar muito apresentável (apanhei muito sol).
Havia muitos feirantes, foi a primeira coisa que me surpreendeu. Estava à espera de encontrar muitos produtos locais, mas o concelho de Freixo não é muito extenso, embora tenha produtos agrícolas de qualidade, dos quais se pode orgulhar.
 O nome da feira Transfronteiriça aponta para ambos os lados da fronteira, coisa não muito usual. Nem mesmo Miranda do Douro que vive muito da dependência dos compradores espanhóis faz tamanha aposta! A mistura das línguas era audível no recinto da feira e também nos produtos expostos se notava o outro lado da fronteira. A meio da tarde houve uma degustação de produtos de Hinojosa Del Duero e Saucelle. Foi colocada  uma mesa cheia de produtos para degustação. Foi curioso verificar que a amêndoa também constava em muitos dos produtos. Provei alguns e gostei.
Procurei identificar os expositores do concelho, mas não estavam identificados com a origem, por isso tentei mesmo adivinhar e/ou perguntar. Identifiquei com facilidade a confeitaria, o mel, os enchidos, queijos e os trabalhos em seda.
Se não estivesse tão cansado teria visitado a feira com mais calma e teria escutado durante algum tempo os amigos Galandum Galundaina que se encontravam no local para animar. O dia foi longo, já não houve energia suficiente para a noite.

domingo, 16 de março de 2014

1.º Passeio Pedestre das Amendoeiras em Flor

Parece coincidência, ou talvez não, quando se fala da calçada de Alpajares este blogue ganha de novo vida! Não posso esconder que o contacto com a natureza me atrai e, embora o concelho tenha um bom conjunto de locais de cortarem a respiração de beleza, à calçada não consigo resistir.
Havia várias razões para uma visita a Freixo mas o 1.º Passeio Pedestre das Amendoeiras em Flor foi uma razão que pesou bastante. Realizou-se no dia 8 de Março, integrado no programa das Amendoeiras em Flor.
Esta caminhada cobria a distancia de 15 Km, desde a Ribeira do Mosteiro a Freixo de Espada à Cinta e foi classificada com grau de dificuldade Difícil. Não sei se foi por isso, mas os participantes não foram muitos, na ordem das 3 dezenas, quase todos do concelho.
Surpreendeu-me, logo no local da partida, a presença de crianças e pessoas com bastante idade. Afinal o grau de dificuldade não ia ser impeditivo.
A caminhada iniciou-se perto da foz da Ribeira do Mosteiro, junto ao rio Douro, a pouco mais de 170 metros de altitude. O local está sinalizado, com traçado do PNDI, o único percurso sinalizado no concelho. Ao todo este percurso tem 7,5 km, é circular, mas não ia ser percorrido na totalidade nesta caminhada.
A primeira parte do percurso segue em sentido contrário à Ribeira do Mosteiro, até um pontão, depois da Quinta do Lameirão, onde se inicial a calçada. Achei curiosa a existência das ruínas de uma ponte na ribeira, com o nome de Ponte do Diabo. A história e o nome são os mesmo de uma ponte que existia sobre o rio Tua, muito próximo de Abreiro.
O dia estava excelente com o sol a brilhar e os campos mostravam já toda a exuberância do início da primavera. As flores já apareciam por todo o lado, mas a esperança estava nas Amendoeiras, mas só na parte mais próxima da vila de Freixo.
A calçada foi percorrida, lentamente, com frequentes paragens para apreciar a paisagem ou observar as espécies vegetais. Não sabia que esta zona é frequentada por cegonhas negras, por isso não prestei atenção. Os grifos mostraram-se por diversas vezes.
Sensivelmente a meio da subida até ao castro de S. Paulito encontra-se a Fraga do Gato, com pinturas rupestres representando dois animais: uma a vermelho, podendo ser uma lontra e outra a negro, que eu nunca tinha visto, mas que representa um bufo, com toda a perfeição!
No ponto mais alto da calçada fica o castro de S. Paulito, onde para além de outras coisas podem ser observadas sepulturas escavas nas rochas.  A paragem não foi grande, havia ainda muito caminho para percorrer.
A parte mais difícil da caminhada foram as centenas de metros seguintes. Embora a subida não seja tão íngreme como na calçada, o facto de não haver calçada e não se fazerem paragens e também o sol intenso trouxeram alguma dificuldade. O caminho seguido passa próximo do marco geodésico da Ferreira a 622 metros de altitude.
Já tinha feito este percurso, mas em sentido inverso, desde o Penedo Durão à Calçada de Alpajares.
Passámos por vários bebedouros, não sei se destinam à caça, ao gado, ou a ambos.
Já com Poiares à vista, fletimos à direita em direção à aldeia, passando junto ao Cabeço da Raposa.
Na sede da Junta de Freguesia de Poiares iria ser servido o mata-bicho. Aproveitei um tempo de pausa, enquanto esperávamos que chegassem todos os participantes, para fazer um passeio rápido pela aldeia.
O mata-bicho foi farto e diversificado. Apreciei principalmente a bola de carne e outra bola, não sei se seria de azeite, que comi com fatias de queijo. Não faltaram o vinho de Freixo e boas laranja.
Já me parecia a mim que estávamos perto, mas tínhamos ainda mais de duas horas de caminho pela frente.
As amendoeiras começaram a aparecer e concentrei a minha atenção nelas. Estavam em plena época de floração. À Medida que nos aproximávamos de Freixo a quantidade de amendoeiras ia aumentando.
 Descemos a Serra de Poiares pela Quinta dos Milagres. Aqui já havia amendoais extensos em flor. O grupo seguia bastante espalhado, a um passo muito lento denotando já bastante cansaço. Isso dava-me tempo de fazer paragens frequentes e até a puder acercar-me mais das árvores.
Já passava das duas da tarde quando chegámos ao Pavilhão Multiusos em Freixo de Espada à Cinta. O almoço volante estava pronto e já apetecia. Saborosas sandes de porco no espeto, agora sim, "regadas" com bom vinho. Foi um bom momento de convívio para aprofundar os contactos estabelecidos ao longo da caminhada. Acompanhei quase sempre participantes de Lagoaça mas também um casal de espanhóis, já entrados na idade mas uns jovens de espírito.
Terminada a refeição ainda houve algum tempo para um passeio pela zona histórica de Freixo e para uma visita à XIVª Feira Transfronteiriça das Arribas do Douro e Águeda.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Freixo de Espada à Cinta

Rua em Freixo de Espada à Cinta.

terça-feira, 5 de março de 2013

Caminhar

Recordação do V Passeio Pedestre pela Calçada de Alpajares.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Vila mais manuelina de Portugal


Freixo de Espada à Cinta, Bragança, (Lusa) - Freixo de Espada à Cinta está tornar-se num museu vivo em que os visitantes são convidados a passear pela história da "vila mais manuelina de Portugal" que quer entrar com este legado nos roteiros do turismo cultural.

domingo, 14 de outubro de 2012

Miradouro

No miradouro do Penedo Durão.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Capela de Santa Cruz

Capela de Santa Cruz, em Ligares.

sábado, 29 de setembro de 2012

Pelos caminhos do concelho

Algures na freguesia de Poiares, num dos melhores momentos que já passei no concelho de Freixo!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Miradouro da Cruzinha (Lagoaça)

Este miradouro, estrategicamente situado em frente da meseta castelhana onde pontifica a vila de Aldeadávilla que dá o nome à enorme barragem que aqui se construiu, tem uma paisagem profundamente transmontana. Num declive acentuado, o vale profundo do Douro apresenta as suas indomáveis e características arribas que pelo labor épico do Homem transmontano, foram transformadas em pequenos jardins de oliveiras, divididos por socalcos até onde os nossos olhos alcançam, transmitindo aos nossos sentidos um respeito contemplativo da natureza.
Lá em baixo, no fundo, o outrora selvagem rio Douro assemelha-se a um tranquilo espelho de água, dirigindo-se mansamente para sul e reflectindo as sombras das grandes aves planadoras que neste local têm os seus habitats. É o caso da Águia – real, da Cegonha – preta, do Abutre do Egipto e especialmente do Grifo, localmente chamado abutardo, cuja envergadura de 2,30m é presença vigilante nos céus e ravinas de todo este troço duriense.
 Fonte do texto: Câmara Municipal de Freixo de espada à Cinta

terça-feira, 15 de maio de 2012

Passeio pedestre pela Calçada de Alpajares

Por montes e vales serpenteados pelo Douro, por caminhos marcados pela flora e paisagens moldadas pela Geologia, por recônditos arqueológicos e pré-históricos...
É este o cenário natural do VIIº Passeio Pedestre Caminhos do Douro, pela Calçada de Alpajares.
Um percurso guiado por especialistas em Geologia, Botânica e Arqueologia e acompanhado pelo som da gaita de foles e Burros de raça mirandesa. 
Venha, Descubra, Apaixone-se!

Dia 9 de Junho - Programa
08h30 Concentração  - Junto à Câmara Municipal
09h00 Saída de Freixo - Transporte até ao Penedo Durão
09h15   Mata-bicho - Miradouro do Penedo Durão
10h00   Início da Caminhada 
15h00   Almoço ao ar livre
- Castro de São Paulo

Percurso
Aproximadamente: 14 Km
Dificuldade: Média/Baixa

Inscrições
Menores de 6 anos: grátis
Dos 7 aos 12 anos: 5,00€
Maiores de 13 anos: 10,00€

Inscrições até ao dia 06/06/2012
As inscrições são limitadas

Para mais informações contacte:
Posto de Turismo
 00351 279 653 480
 postoturismo@cm-freixoespadacinta.pt

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

V caminhada pela calçada de Alpajares, Freixo de Espada à Cinta

Reportagem da Porto Canal da V caminhada pela calçada de Alpajares, Freixo de Espada à Cinta.

sábado, 28 de maio de 2011

V Passeio Pedestre pela Calçada de Alpajares

No dia 21 de Maio de realizou-se em Freixo de Espada à Cinta mais um passeio pedestre, neste caso o V pela Calçada de Alpajares. Já há alguns anos que ansiava por conhecer com mais pormenor estas paragens. Surgiu mais uma oportunidade e aproveitei-a.
Há mais de 20 anos que passei pela Ribeira do Mosteiro pela primeira vez. Fiquei fascinado. Depois disso por lá tenho passado inúmeras vezes em passeios familiares mas também com grupos de alunos. É, sobretudo, na altura da floração da amendoeira que faço esse percurso.
Desta vez o "convite" apareceu na Internet e como encontrei mais um colega interessado em fazer o Passeio, lá estávamos no dia 21 de Maio, bastante cedo, depois de um interessante percurso pelos concelhos de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta.
O "mata-bicho" estava marcada para o miradouro do Penedo Durão, um dos mais bonitos miradouros do Douro. A hora a que cheguei disseram-me disseram-me ser propícia para observação de grifos e abutres de Egito. De facto, não se fizeram esperar. Abundantes e em voos lentos mesmo junto dos penedos. A minha falta de prática neste tipo de fotografia não me permitiu grandes fotos, mas a emoção foi muita.
Ao poucos foram chagando vários autocarros de pessoas. A organização fala em 180 participantes.
Foram servidas inúmeras hipóteses para "matar o bicho". Cativou-me a uma bola de carne, ainda quentinha, e a fruta. Aproveitei para me abastecer de água, mas ela foi distribuída em vários pontos da caminhada. Não faltou o bom vinho da terra, mas, àquela hora, achei que não devia.
Aproveitei para ouvir algumas explicações sobre o movimento de placas e a formação desta escarpa quartzítica que se eleva a cerca de 500 metros de altitude. Novidade para mim foi a existência de marcas de seres vivos que habitavam a terra há cerca de 475 milhões de anos como os icnofósseis. Tudo isto só veio aumentar a minha admiração por este lugar.
A caminhada não começou exactamente no Penedo Durão, mas cerca de 5 quilómetros mais abaixo, junto à estrada para Poiares, freguesia também implicada na organização do evento (e a quem eu devo a minha participação, o que agradeço). Foram distribuídos bastões de apoio a todos os participantes e apercebi-me que iríamos ter a companhia de vários burros de raça Mirandesa e um conjunto de gaiteiro e tamborileiro para animar a caminhada. O som da gaita de foles a ecoar pelas montanhas é fantástico!
Confesso que ao longo dos primeiros 4 quilómetros me senti um pouco desiludido. Estava à espera de caminhar ao longo da escarpa sobranceira ao rio e afinal a caminhada desenvolveu-se a mais de três quilómetros de distância! Quando avistei a tenda onde iria ser servido o almoço, aí é que fiquei mesmo em baixo. Só depois percebi que a caminha não terminava ali, estava praticamente a começar.
Só depois de passar o Castro de S. Paulo, edificado na Idade do Ferro me entusiasmei com a caminhada. Neste ponto já os participantes seguiam espalhados ao longo de vários quilómetros, Confesso que fui o último a chegar ao Castro e por isso tive de recuperar algum terreno na descida da calçada.
Quando me encontrava nesse ponto é que o céu se cobriu de bonitas nuvens brancas e por isso segui o traçado zigzagueante da calçada com um olho no chão, outro no céu à procura de conjuntos perfeitos para registar.
É ao longo deste troço de calçada com cerca de 800 metros que pode ser observada a Fraga do Gato, onde muitos dizem estar gravada gravada uma lontra.
No final da calçada encontra-se a Ribeira da Brita. Os burros tiveram receio de molhar os cascos, mas os cães aproveitaram para se deitarem na água fresca. A temperatura foi-se tornando insuportável.
Ao longo de cerca de 2,5 km o caminho acompanha a Ribeira do Mosteiro. Aliada à frescura da vegetação e ao barulho da água corrente, havia ainda muito colorido de flores de várias cores. Algumas das que me chamaram à atenção foram a arruda e o fel-da-terra.
Depois de encontrada a estrada, a quatrocentos metros da estrada N221, de Barca de Alva, a a pouco mais do Rio Douro, a caminhada continuou para montante, subindo ao longo de 2 km até atingir as alminhas, ponte de referência muito conhecido. Ao longo deste percurso podem admirar-se formações rochosas únicas, mas, devo dizer que com o calor que se fazia sentir, muitos participantes já eram transportados pelas carrinhas da autarquia.
Quando cheguei às alminhas coloquei a hipótese de continuar caminhando ou apanhar também um transporte alternativo. Decidi continuar a caminhada, mas tenho que reconhecer que foi penoso. Felizmente nunca me faltou a água.
Este percurso ascendente do Picão da Ana, depois de atravessada a Ribeira do Mosteiro na ponte das Alminhas é muito bonito. Valeu a pena fazer um esforço e percorrer a vereda recortada no horizonte onde praticamente já não se avistava ninguém. Eram duas da tarde e estava um calor abrasador.
O último quilómetro foi feito já por um caminho onde as carrinhas não paravam de passar transportando participantes. Além do calor, havia pessoas que não estavam preparadas para este género passeio. Alguns usavam calçado muito pouco adequado, outros transportavam crianças de muito tenra idade. Uma equipa de bombeiros seguia na retaguarda, não sei se foram necessários.
Cheguei ao local do almoço às 14:30. Enquanto lavei as mãos e me refiz do esforço, chegaram os restantes participantes e foi servido o almoço, não sem antes o sr. padre ter feito uma pequena oração abençoando a refeição.
Par acompanhar com paisagens tão magníficas, só podia ser servida uma refeição à altura: e foi o que aconteceu. Caldo verde, sopa de peixe, frango no churrasco, sardinhas, etc. Para sobremesa havia arroz doce, melão e outras frutas. aproveitei para beber um pouco do vinho que tinha evitado no "mata-bicho" e saborear um bom pão e também bola de azeite, bastante saborosa.
Já perto das 16 horas começaram a sair as primeiras pessoas. Aproveitei para dar um passeio pelo castro e visitar as necrópole que aí existe. Também fiquei a conhecer o Muro da Abalona. Trata-se de uma espécie de muralha natural, com 5 metros de espessura e cerca de 20 metros de altura. É impressionante o que as forças da natureza conseguem fazer!
Regressámos de autocarro ao local de início da caminhada, a 1 km depois da aldeia de Poiares.
O percurso realizado neste V Passeio Pedestre pela Calçada de Alpajares não seguiu nenhum dos traçados marcados como Pequenas Rotas. Apesar disso pareceu-me interessante desenhá-lo no mapa, já depois de ter realizado a caminhada. Ajudou-me a perceber por onde andei.
O balanço da participação nesta passeio e muito positivo. Além do convívio com as pessoas, foi um dia de contacto com a natureza, flora e fauna espectaculares, mas, sobretudo, a geologia. Mas foi o conjunto que tornou este passeio único e inesquecível.

Percurso feito no V Passeio Pedestre pela Calçada de Alpajares
GPSies - V Passeio Pedestre pela Calçada de Alpajares